sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O Auto da Alma em 1508, constitui a sua primeira grande obra, depois de o autor se ter libertado das suas experiências iniciais de aprendizagem. Mas, como acontece com os ensinamentos de Aristóteles e de Platão, nem Sófocles, nem Aristófanes, nem muitos outros saberes, se terão perdido para Gil Vicente. Mencionámos as aprendizagens, as técnicas do discurso, da poesia e do drama, referindo também as artes plásticas, que na época além da arquitectura, mecânica, engenharia (civil, militar, etc.), pintura, escultura, ourivesaria, incluíam os figurinos (alfaiate), o espectáculo dos cortejos, dos triunfos, e cerimónias dos senhores da renascença, faltará ainda referir os assuntos tratados pelo dramaturgo nas suas peças, e pelos assuntos definir os temas, as personagens, o seu carácter e pensamento, as ideias que cada um manifesta, etc.. E como referimos quando tratámos dos autos da primeira fase, o mythos, nas suas obras, mantém o significado original dado pelos gregos, na sua relação última com a História. [p.162, Gil Vicente e Platão, Arte e Dialéctica, Íon de Platão... de Noémio Ramos]

Sem comentários:

Enviar um comentário